Tribunal de Amsterdã apresenta acusações após nome e foto do juiz serem divulgados nas redes sociais

O tribunal de Amsterdã entrou com uma queixa depois que um juiz foi intimidado nas redes sociais. O tribunal confirmou isso à NRC , após relatórios da NOS e da AT5 . O juiz em questão decidiu na semana passada anular a decisão dos ministros Marjolein Faber (Asilo e Migração, PVV) e David van Weel (Justiça, VVD) de negar a entrada de três homens na Holanda. Eles estavam no programa da Ramadan Expo, que aconteceu neste fim de semana em Utrecht.

O juiz decidiu na quinta-feira que os ministros não forneceram razões "suficientemente sólidas" sobre por que a chegada dos palestrantes representaria uma ameaça à ordem pública. Posteriormente, o nome e a foto do juiz foram compartilhados nas redes sociais, e o nome do marido dele também circulou. O tribunal de Amsterdã apresentou uma queixa de “pelo menos doxing”, disse um porta-voz.

Em entrevista à emissora local AT5, o presidente do tribunal de Amsterdã, Bart van Meegen, disse que acha “muito ruim” que as pessoas estejam atacando o juiz e sua família. “Isso é absolutamente inaceitável e pode realmente minar a confiança no judiciário, no colega em questão e em sua família.”

'Um dia negro'

O Ministro do Asilo Faber chamou os três palestrantes – Mohammed Hijab, Ali Hammuda e Abu Bakr Zoud – de “pregadores do ódio” que “toleram a violência” em seus textos. Após a decisão de negar o acesso dos três à Holanda, o Dawah Group, um dos organizadores da Ramadan Expo, entrou com um processo sumário e obteve sucesso.

Durante seu discurso em Utrecht, Mohammed Hijab elogiou o juiz que revogou sua proibição de entrada. Após a decisão do juiz, o Ministro Faber falou de "um dia negro" para a Holanda. “Bem, eu chamo isso de um dia histórico”, disse Hijab após as orações noturnas no Jaarbeurs Utrecht, “agora que o governo mais antimuçulmano da Europa foi controlado por alguma medida de justiça. Eles tentam de tudo e falham. E eu sei que eles estão ouvindo atentamente agora.”