Teranóstica na prática oncológica: menos complicações, mais eficácia

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Teranóstica na prática oncológica: menos complicações, mais eficácia

Teranóstica na prática oncológica: menos complicações, mais eficácia
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Terapia personalizada para cada paciente com base nos resultados diagnósticos? Isso não é ficção científica, mas sim teranóstica – uma abordagem que combina tratamento eficaz com diagnóstico preciso da doença. O Prof. Leszek Królicki, consultor nacional em medicina nuclear, enfatiza que essa abordagem já atende pacientes hoje, especialmente em oncologia.

Há apenas algumas décadas, os médicos tratavam os pacientes de forma holística – não apenas os sintomas, mas a pessoa como um todo. Com o tempo, a atenção se voltou para órgãos individuais, depois para células e, por fim, para moléculas. Foi assim que nasceu a medicina molecular e de precisão, tendo como ponto de partida os dados de exames laboratoriais.

Entretanto, como observa o Prof. Leszek Królicki, essa abordagem, embora eficaz, perde de vista o paciente.

A entrevista médica e a conversa com o paciente tornaram-se apenas um complemento à medicina laboratorial – lembra a opinião do Prof. ND Jewson.

A teranóstica é uma combinação de diagnóstico e terapia. Em termos simples, primeiro verificamos se o medicamento "enxerga" a doença no corpo e só então o utilizamos.

Trate o que você vê e observe como você se cura – um dos autores resumiu figurativamente essa abordagem.

Embora o conceito de teranóstico tenha surgido em 2002, a filosofia por trás do método já era conhecida, especialmente na medicina nuclear. Na prática, consiste na administração de um radiotraçador a um paciente para avaliar se a lesão é sensível a uma substância específica. Em caso positivo, é administrado um medicamento com estrutura semelhante, mas equipado com um radioisótopo ativo, que destrói as células cancerígenas.

A abordagem teranóstica acompanha a medicina nuclear desde a década de 1940 – lembra o Prof. Królicki.

O fósforo-32 foi usado para tratar leucemia, o estrôncio-89 foi usado para tratar metástases ósseas e o iodo radioativo foi usado para tratar cânceres do sistema nervoso simpático.

Hoje, os teranósticos também estão entrando no tratamento de cânceres de mama e de próstata. Um bom exemplo é o Herceptin – um medicamento eficaz em apenas cerca de 20% dos pacientes com câncer de mama. Hoje, sabe-se que a eficácia depende da presença de receptores HER2. Portanto, antes do tratamento, o tumor é testado para verificar se o paciente pode se beneficiar dessa terapia.

Também estão em andamento pesquisas sobre a possibilidade de avaliar esses receptores não apenas na biópsia, mas também em todo o corpo – o chamado estudo in vivo . Isso permitiria a seleção da terapia para cada metástase individualmente, pois cada uma delas pode diferir em termos de expressão do receptor. Na Polônia, temos a capacidade de diagnosticar e tratar pacientes de acordo com o conceito de teranóstica, com base na segurança, eficácia, precisão e uma abordagem individualizada para o paciente.

No entanto, nem todos os procedimentos estão disponíveis ainda. Alguns exigem mudanças nas regulamentações, outros exigem a conclusão de ensaios clínicos.

Pacientes com câncer de próstata, mieloma e câncer de mama estão particularmente ansiosos por isso. Embora a teranóstica já esteja mudando a forma de tratamento, ela ainda tem um enorme potencial a ser explorado ao máximo.

– Como mencionei, essa filosofia é usada em muitas disciplinas clínicas, mas não há dúvida de que podemos e devemos usá-la de forma mais ampla – diz o Prof. Leszek Królicki.

Atualmente na Polônia a teranóstica é utilizada, entre outros, no tratamento de:

  • Neuroblastoma pediátrico – usando [¹³¹I]I-MIBG,

  • metástases ósseas no curso do câncer de próstata – com o uso de rádio-223,

  • tumores neuroendócrinos – usando análogos de somatostatina marcados,

  • doenças selecionadas da tireoide e câncer de tireoide – com o uso de iodo-131.

– Espero que num futuro próximo possamos utilizar um procedimento semelhante para tratar o câncer de próstata metastático – acrescenta o especialista.

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