O governo está ajustando as regras do setor petrolífero colombiano: quais mudanças estão sendo feitas e o que está sendo buscado?

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O governo está ajustando as regras do setor petrolífero colombiano: quais mudanças estão sendo feitas e o que está sendo buscado?

O governo está ajustando as regras do setor petrolífero colombiano: quais mudanças estão sendo feitas e o que está sendo buscado?
O Conselho de Administração da Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH) fez diversos ajustes nas regras do setor petrolífero para facilitar as operações das empresas que atuam na Colômbia.
Segundo o presidente da ANH, Orlando Velandia, o objetivo desses ajustes é flexibilizar as regras, normalizar os contratos que estão passando por dificuldades e tornar mais eficientes os contratos concedidos às empresas .
“Continuamos explorando no país; não nos recusamos a considerar essa possibilidade. Há muitos contratos, alguns dos quais estão paralisados ​​há vários anos, e não conseguimos energizá-los. Desde 2018, 71 contratos foram assinados, e muitos deles não produziram resultados significativos”, disse ele.

Foto: Ecopetrol

Medidas para libertar dinheiro das empresas petrolíferas
Uma das mudanças incluídas no Acordo 03 de 2025 diz respeito às garantias bancárias exigidas nos contratos de petróleo. Essa era uma das principais reclamações das empresas e prejudicava a competitividade da Colômbia.
Anteriormente, a ANH exigia uma garantia bancária equivalente ao plano de investimento que uma empresa tinha que executar para realizar as atividades de exploração com as quais havia se comprometido.
Portanto, para realizar essas atividades, era necessário ter o dobro dos recursos exigidos pelo plano de investimentos. Essa situação afetou significativamente a liquidez das empresas, forçando-as a "reter" grandes somas de dinheiro.
"Na Colômbia, precisávamos dobrar os recursos, mas outros países têm outras cartas de crédito. Não tínhamos conseguido regularizar isso e agora estamos ajustando", enfatizou Orlando Velandia.
Agora, as garantias serão regidas por um sistema de pontos, permitindo que as empresas liberem recursos. Esse dinheiro poderá então ser investido em atividades adicionais de exploração, como perfuração de poços ou aquisição de dados sísmicos.

Presidente da ANH, Orlando Velandia. Foto de : Naturgás

"É uma questão que torna a Colômbia pouco competitiva porque está tirando dinheiro das empresas. Então, vamos usar outros tipos de garantias que nos dão o mesmo suporte, mas não pegam dinheiro", acrescentou.
Especificamente, as empresas poderão escolher entre três tipos de garantias: carta de crédito standby e garantia bancária irrevogável de primeira demanda; garantia irrevogável de primeira demanda; ou carta de crédito standby emitida fora da Colômbia.
Outro ajuste trazido pelo Acordo 03 de 2025 diz respeito aos investimentos remanescentes, já que as condições anteriores estavam "penalizando" a eficiência das empresas que atuam na Colômbia.
É um problema que torna a Colômbia pouco competitiva porque o dinheiro está sendo capturado das empresas.
Por exemplo, se os compromissos de exploração de uma empresa totalizassem US$ 15 milhões, mas apenas US$ 12 milhões fossem executados devido ao aumento de eficiência ou outro motivo, o investimento restante teria que ser devolvido à ANH.
Essas condições estavam levando as empresas a "mentir" em seus relatórios, quando o que a entidade realmente queria era que elas cumprissem seus compromissos de exploração.

Foto: iStock

Com o ajuste, os saldos restantes dos investimentos agora podem ser pagos à ANH por meio da perfuração de novos poços de exploração, investimentos em energia renovável ou em dinheiro.
Além disso, as empresas terão a oportunidade de solicitar a conversão de seus contratos de hidrocarbonetos para projetos de geração de energia renovável não convencional, uso de fontes alternativas de energia e captura, armazenamento e utilização de carbono.
Isso se aplicará a contratos localizados em áreas onde a operação é impossível devido a condições técnicas ou onde o licenciamento ambiental não é viável porque a área é restrita.
“Se as empresas devolverem os recursos desses contratos, eles serão repassados ​​ao Ministério da Fazenda, mas se os projetos de transição energética forem implementados, esses contratos poderão ser normalizados”, explicou o presidente da ANH.

Foto: Jaime Moreno/Arquivo EL TIEMPO

A “novidade” da rescisão de contrato
Além disso, as empresas não precisarão devolver partes de áreas não identificadas como de interesse para as atividades de avaliação. Dessa forma, poderão retê-las para estudos futuros e ampliar as áreas de avaliação.
"Isso faz parte da nossa estratégia para otimizar nossos contratos existentes. Isso ajudaria a estender os períodos de avaliação para obter maior conhecimento do subsolo", comentou.
Faz parte da nossa estratégia tornar os contratos que já temos mais eficientes.
Entre outras mudanças adicionais, o Acordo 03 de 2025 facilitará a rescisão de um contrato de petróleo, já que esse processo se tornou uma "novidade" na Colômbia.
"Agora estamos dizendo que há uma cláusula permitindo que a empresa rescinda o contrato com base no livre arbítrio das partes", disse Orlando Velandia.
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