Eclipses lunares, eclipses solares: qual é a diferença?

Eclipses, como quase qualquer um poderia dizer, ocorrem quando a Lua, a Terra e o Sol se alinham e nosso planeta e seu companheiro projetam suas sombras um sobre o outro:
- em um caso, a Lua vem mascarar o Sol, e o eclipse é solar;
- no outro, é a Lua que passa na sombra da Terra e então o eclipse é… lunar.


Podem ser observados três tipos de eclipses solares:
Elas ocorrem quando todo o disco solar é obscurecido pela Lua. A Lua está exatamente à distância certa para parecer do mesmo tamanho que o Sol: está 400 vezes mais próxima da Terra do que o Sol, mas também 400 vezes menor. O momento em que a Lua obscurece completamente o Sol é chamado de "totalidade" e pode durar até sete minutos.
Um período durante o qual podemos observar a atmosfera da nossa estrela: a cromosfera (atmosfera inferior) e a coroa solar (atmosfera superior, difusa por vários milhões de quilômetros). Este espetáculo pode ser observado a olho nu sem perigo, ao contrário dos momentos que precedem e sucedem a totalidade, durante os quais os raios solares (especialmente ultravioleta e infravermelho) continuam a ser igualmente perigosos para os olhos, apesar da diminuição do brilho solar, podendo causar danos oculares irreversíveis. Portanto, tenha cuidado ao usar óculos de proteção adequados.
- Eclipses parciais:
Elas ocorrem quando a Lua obscurece o Sol apenas parcialmente, passando um pouco alta ou baixa demais em relação a ele.

- Eclipses anulares:
Eles ocorrem quando a Lua está muito longe da Terra para bloquear completamente o Sol, deixando um anel de luz ao redor da Lua visível. São um pouco mais comuns do que os eclipses totais porque a Lua costuma estar um pouco longe demais da Terra.



Muito menos conhecidos por serem menos espetaculares, os eclipses lunares podem ser muito mais longos que os solares porque a sombra da Terra, na qual a Lua incide, é muito mais ampla.
Como a Lua está atualmente próxima do ponto mais distante de sua órbita (chamado apogeu), sua velocidade de movimento em sua órbita é menor, o que significa que em 27 de julho, ela permaneceu na sombra da Terra por quase cento e três minutos, o que foi previsto pelos cálculos dos astrônomos, e que não está muito longe da duração máxima teórica (107 minutos).

Assim como sua contraparte solar, o eclipse lunar pode ser observado em três configurações:
- Eclipses penumbrais: este é o eclipse menos visível, já que a Lua não entra na sombra da Terra, mas sim em sua penumbra. Em outras palavras, ela fica bem escondida do Sol, mas não no cone de sombra. A superfície lunar então escurece ligeiramente, mas não significativamente;
- eclipses parciais: como o eclipse solar parcial, aqui o corpo da Lua é parcialmente mascarado pela sombra da Terra e o disco lunar é parcialmente mergulhado na escuridão;
- Eclipses totais: nesta configuração, a Lua entra completamente no cone de sombra da Terra e sua superfície visível escurece mais ou menos. Frequentemente, assume uma tonalidade alaranjada ou mesmo avermelhada, comumente chamada de "Lua de Sangue". Essa tonalidade, específica dos eclipses lunares totais, se deve à luz solar que atravessa nossa atmosfera em cada lado da Terra antes de ser refratada e atingir a Lua. É, de certa forma, o conjunto de nasceres e pores do sol que ocorrem respectivamente a oeste e a leste, que então encontramos em nosso satélite natural.
Já que nosso satélite natural completa sua órbita ao redor da Terra em 29,5 dias e necessariamente se alinha com a Terra e o Sol durante sua jornada, como é possível que tenhamos apenas dois a cinco eclipses por ano, e não dois por mês?